ALGUMAS DAS
MINHAS RECORDAÇÕES DE RIO NOVO
Pr. João Reinaldo Purin
Mensagem lida perante o 64º Congresso da Associação Batista Leta do Brasil realizada nos dias 30 de junho a 02 de julho de 2013 em Criciúma, Santa Catarina.
Versão revista e ampliada.
Tema do Congresso:
A MÃO DE DEUS NA NOSSA HISTÓRIA
Texto: Salmo 78.3 e 4
“O que temos ouvido e aprendido, e nossos pais nos têm contado. Não os encobriremos aos seus filhos, contaremos às gerações vindouras sobre os louvores do SENHOR, seu poder e as maravilhas que tem feito.”
Foi-me dada a incumbência de apresentar o meu testemunho e contar algumas experiências, por ter as minhas origens em Rio Novo, a primeira colônia no Brasil dos letos que imigraram da Europa no ano de 1890. Assim “contaremos às gerações vindouras sobre os louvores do Senhor, seu poder e as maravilhas que tem feito.” Vamos constatar como a mão de Deus atuou na história do seu povo, especialmente dos letos que ele trouxe para o Brasil no final do século 19.
Nota de Reconhecimento – Antes de começar a minha tarefa, é com satisfação que presto um reconhecimento público ao meu irmão Viganth Arvido, pois que por muitos anos vem resgatando a história da Colônia Leta de Rio Novo. Não se cansa de colecionar fotografias, traduzir cartas da época, os livros de atas da Igreja Batista leta de Rio Novo, livros de registros da Igreja onde aparecem os casamentos, nascimentos e mortes da nossa colônia. Com seus próprios recursos tem percorrido longas distâncias, visitado famílias de Orleans, Urubici e outros lugares solicitando fotografias, e escaneando-as para o seu acervo e depois devolvendo-as aos seu respectivos donos.
Tem mantido um blog na internet com inúmeros leitores, onde são publicadas fotos antigas, cartas do meu pai ainda solteiro e também das minhas tias Olga e Lúcia, cartas escritas para o seu irmão Reynaldo quando estudava no Rio de Janeiro e depois nos Estados Unidos.
Um outro destaque neste congresso são estas fotos, em slides que estão rodando no amplo saguão deste teatro onde todos podem ver fotos de sua infância, de seus pais, avós e de outros conhecidos daquela época. Para estes slides teve também a colaboração de nosso irmão Carlos Ademar.
Nascimento – Nasci em Rio Novo, no ano 1935, na Família Purim. Papai Otto Roberto e mamãe Vergínia Fernandes. Meu pai veio buscá-la aqui próximo de Criciúma, em Rio Mãe Luzia, para onde vieram várias famílias de Rio Novo. Foi na casa de Zigsmundo e Janina Andermann, que a encontrou trabalhando e se encantou por ela. Foram à cavalo até Rio Novo. Assim foi que ela, filha de família brasileira, ingressou definitivamente numa família e também na colônia leta. Ali ela aprendeu a língua e os costumes dos letos. Sou o terceiro filho dentre sete irmãos que éramos.
O Templo da Igreja – Na verdade esta maquete que está exposta aqui na frente foi construída por meu irmão Viganth Arvido para o nosso centenário e depois foi reformada pelo irmão Vildemar Slengmann já era o 3º templo, uma vez que o primeiro tinha sido construído em outro lugar com folhas de palmeira guaricana e o segundo de lascas de madeira que aparece em algumas fotos (foto 1228). Portanto, o templo que me refiro é o que aparece no folder do congresso (foto 1133 e 1134). A Igreja Batista Leta de Rio Novo tinha uma grande propriedade. Era cortada pela estrada que subia de Orleans com direção ao Rio Carlota e outras regiões. À esquerda, bem no alto ficava o cemitério. À direita desta estrada havia uma grande área de pastagens. O templo ficava a uns 20 metros da margem da mesma Era circundado por uma cerca de ripas de madeira. Fora desta cerca havia diversas laranjeiras bem altas que, na estação própria produziam deliciosos frutos. À frente do templo havia canteiros de flores e um pé de Palmeira butiá. O templo tinha um pórtico, como se pode ver na maquete, que dava entrada para o santuário. O mesmo era mobiliado com duas fileiras de bancos. À direita ficavam os homens e à esquerda as mulheres. À frente da bancada, à direita era o local do coro voltado para o auditório. O púlpito, no outro lado, era uma mesa coberta por uma toalha. Ao centro da mesma havia um suporte para a Bíblia e em cada lado era colocado um vaso de flores. A iluminação era por lindos lampiões a querosene pendurados no teto que era um semicírculo perfeito que dava bastante eco a qualquer som. Havia também uma galeria que, nos primórdios, servia para a orquestra. Não peguei este tempo. É bom dizer que este templo tinha sido construído para ser também a escola da comunidade, pois tinha três boas salas anexas. Em um antigo cartão postal do templo está escrito (foto 1005): Rionowas latweeschu skolas nams, Brasilija, isto é, prédio da escola leta de Rio Novo, no Brasil. Isto quer dizer que nos planos para o futuro estava o construir um templo maior e definitivo, talvez no outro lado da estrada. É bom registrar que este imóvel, nos meus tempos, já oferecia perigo, pois os construtores, não conhecendo a durabilidade da madeira, fizeram dela a estrutura do edifício, isto é, os barrotes e as colunas eram todos de madeira, preenchidos com tijolos e o reboco. Eles não consideraram que a madeira do Brasil, ainda que forte, chegaria ao tempo de apodrecer. Este templo marca o período áureo da colônia leta de Rio Novo. Nos anos 1955 uma firma construiu outro templo menor aproveitando parte do material do antigo. É o que os irmãos que foram agora a Rio Novo viram.
Localização da nossa casa – Éramos vizinhos da parte superior,pois os terrenos eram contíguos. Lá do alto de nossa casa podíamos ver o templo e ouvir o cantar dos hinos. Podíamos ver, na estrada em frente à nossa casa, passarem os irmãos que vinham de longa distância, a pé, com os sapatos na mão, calças arregaçadas e amassando barro em dias de chuva, pelas estradas afora. Quando chegavam ao lado do templo, lavavam os pés numa bica que chamávamos, em leto, de “avotin” que quer dizer fontezinha, e calçavam os sapatos. Só depois disso adentravam ao santuário. Também, depois dos cultos, podíamos ver os irmãos subindo o morro dos Purim, voltando para suas casas.
A Igreja – Conforme os irmãos puderam ver as fotos, nos anos de minha infância a igreja já era bem menor em número, pois muitas famílias já tinham se mudado para Rio Mãe Luzia, Ijuí, Orleans, Urubici, Nova Odessa e para outras localidades. A Igreja Batista Leta de Rio Novo era conhecida pelos vizinhos, quase todos italianos, como “Igreja dos Russos. Ficavam admirados quando se dizia que havia muitas igrejas batistas e evangélicas pelo Brasil afora
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Desde a mais tenra idade participávamos da igreja. Por morarmos perto, tínhamos a responsabilidade de zelar, abrir e fechar o templo para todas as programações. Os adultos achavam que a Escola Dominical era só para as crianças. A minha primeira professora foi a jovem Alda Balod, que mais tarde casou-se com o meu tio Otávio Fernandes. A classe dos adolescentes e jovens era dirigida por meu pai Otto Roberto Purim. Depois da Escola Dominical seguia-se o culto, quando, então, os adultos, adentravam para o mesmo.
Nossa vida doméstica – A vida na roça era bastante árdua. As nossas atividades domésticas eram, praticamente, para nossa subsistência. Resumia-se em igreja e roça. O dia começava com o alvorecer, tirava-se o leite e dava-se comida para os animais. Depois tomava-se um café bem reforçado. Toda a família se as-sentava ao redor da mesa, papai sentava-se ao meio e antes de participarmos do alimento, papai abria a gaveta e puxava uma Bíblia em leto na ortografia antiga e lia a leitura diária e em seguida orava, também em leto. Só depois é que tomávamos o café. Acabado o café cada um colocava o seu chapéu de palha na cabeça e apanhava a enxada e pés descalços, rumo à roça que ficava a uma boa distância para carpir as ervas daninhas do milharal e de outras plantações. Ao meio dia, mamãe assoprava a buzina que era feita de um chifre de boi. Por este som, nós crianças, ansiávamos muito por esse momento chegar, pois o sol era escaldante. Tendo se alimentado tínhamos a sesta e logo em seguida, roça de novo, até o sol se por. Essa era, em geral a rotina diária. As nossas mãos eram calejadas pelo uso constante da enxada, foice, machado etc.
Foram momentos difíceis, sim, porém, só assim aprendemos dar valor à vida e calcular quanto custa o alimento que temos diante nós à mesa. Também aprendemos a lidar com amor para com os animais domésticos. Aprendemos também a apreciar a natureza nas suas mais diversas manifestações. Em tudo podíamos apreciar poderosa mão de Deus.
Programações de dias Especiais –
Natal – Os nossos Natais na igreja eram muito aguardados. O tradicional pinheirinho era trazido do sítio dos meus tios Eduardo e Lúcia Purim Karp, no Rio Carlota, a uns oito quilômetros. Amarrava-se um pau comprido na ponta e um carregava no ombro, na frente e outro atrás. Era enfeitado com velas em suportes que tinham uma mola para fixá-las nos galhos; eram feitas correntes de papel colorido e outros ornamentos de Natal, inclusive a estrela na parte superior. O pinheirinho, com suas velas acesas era algo muito lindo. Em um Natal uma corrente de papel pegou fogo de uma vela, porém o Roberto Cruz, mais que depressa o apagou. Outro detalhe que não me esqueço era o órgão portátil que era trazido da casa dos Zeeberg também a dois. O irmão Gustavo abrilhantava a programação acompanhando os hinos com o órgão de pedal. O programa constava de hinos, poesias e a mensagem trazida por alguém que tinha mais facilidade de falar em público, que era meu pai, quando não havia um pastor presente. No final eram distribuídos pacotinhos de balas e bolachas para as crianças, que ansiosamente aguardavam esse momento. Interessante que para a Festa de Natal o templo ficava superlotado de visitantes que vinham de longe para a festa e para estes também eram distribuídos doces e balas por jovens designadas para esta função.
Jubileu de Ouro – Eu me lembro do Cinquentenário da Igreja comemorado no ano 1942. Tinha meus sete anos. A celebração durou vários dias. O movimento foi muito grande. Estiveram presentes os pastores: Dr. A. Ben Oliver, Patrick Sulyvann, João Emílio Henk, Paulo Gailit, Carlos Ukstim, Carlos Stroberg, Jacob Inkis e Albert Eichmann. Toda a igreja se empenhou com afinco para a melhor recepção possível a todos os visitantes. Foi realmente muito sacrifício face à precariedade das estradas e tantas outras dificuldades. (fotos 1209 e 1030)
Aniversários da Igreja. O aniversário da igreja era comemorado no dia 20 de março. O templo era ornamentado com palmitos jussara que eram trazidos das nossas matas. Na medida do possível, os irmãos de Orleans e de outras partes vinham para participar da festa. Poesias, números especiais e a mensagem faziam parte da programação. No final eram servidos bolos e outros quitutes para todos. Depois eram realizadas brincadeiras no gramado, ao lado do templo. Um triste acontecimento se deu, quando em uma ocasião o caminhão que havia trazido o pessoal de Orleans, ao voltar, devido à chuva, derrapou e caiu num despenhadeiro, ceifando as vidas das irmãs Fany Paegle e Hilda Slegmann.
Batismos – Os batismos, geralmente dos filhos das famílias da igreja, eram realizados em águas represadas do Rio Novo, que atravessava a propriedade da igreja. Era uma cena muito linda.
Piqueniques – Os letos de Rio Novo fizeram questão de comemorar as datas, como se fazia na Letônia, – 06 de janeiro, o Dia dos Magos e 24 de junho, dia de São João. (fotos 815, 839 e 881). Esses dias eram comemorados com o encontro da comunidade em alguma residência. Assim é que me lembro dos piqueniques nas propriedades de João Zeeberg, de Guilherme Balod, de João Leepklaln no Rodeio das Antas, no Roberto Klavin, na Invernada. A programação era livre. Cada família levava o seu farnel. À tarde tínhamos as brincadeiras de roda e outras no gramado.
O Cemitério – Os letos desde os primórdios reservaram um local bem no alto para os que partiam para a eternidade. Lá estão sepultados os nossos ancestrais. Lembro-me quando em 1942 construíram ao redor um muro de tijolos, de mais de um metro de altura. Mais tarde construíram uma cruz de cimento que foi erguida no centro. Esta cruz ainda firme lá está, bem como, o muro em sua quase totalidade. Lembro-me de que periodicamente a comunidade era convocada para limpar, tanto o cemitério como os arredores do templo. Ficaram marcados em minha memória os funerais do jovem talentoso e promissor Júlio Burmeister. Filho único de Adolfo e Ema. Morreu por uma simples pneumonia, por falta de recursos médicos. O sepultamento aconteceu num domingo à tarde. Chovia torrencialmente. No cortejo fúnebre, só se via o grande número de acompanhantes, cada um com o seu guarda-chuva, dirigindo-se para a igreja e depois para o cemitério. Depois chegaram, para o casal triste e saudoso, as filhas do coração, a Enedina e a Iolanda, esta está presente aqui neste Congresso.
Viagens e excursões – Lembro-me das viagens. Na carroceria de um caminhão eram afixadas tábuas sem encosto que serviam de banco. Outros viajavam em pé mesmo. Destaco a excursão a Rio Mãe Luzia. Participaram da programação o pastor Carlos Stroberg e o missionário Adriano Blanckenchip. Lembro-me dos batismos que foram realizados no rio próximo ao templo. Outra excursão foi para a Assembleia da Convenção Batista Catarinense em Urubici, em janeiro de 1954. Também de caminhão. Saímos de Rio Novo, passamos por Orleans, São Ludgero, Braço do Norte, Armazém e depois a serra, Bom Retiro, Quebradentes, Barracão, Panelão e finalmente o destino. Levamos um dia e uma noite. Chegamos em Urubici quando o dia estava clareando. Foi lá, nessa ocasião que me declarei publicamente quanto à minha chamada para o Ministério da Palavra de Deus.
Últimas famílias a se mudarem de Rio Novo – (esta parte não foi lida) Nunca nos esquecemos da noite em que a comunidade leta de Rio Novo se reuniu na residência do irmão Felipe Karkle. À noite, em meio à reunião, inesperadamente, chegou o caminhão para levar a mudança da família. Foi um momento impressionante quando foram colocados os seus pertences no caminhão e todos os familiares se acomodaram como puderam e assim nos deixaram em sua casa e foram embora para Renascença, na região de Pato Branco, PR. Passado algum tempo também a Família Zeeberg se mudou para Urubici em setembro de 1957. Em setembro de 1960 a Família Purim se mudou para Curitiba, ficando na propriedade o meu irmão Alberto Edmundo que havia se casado com a jovem Vilma Leepkaln. Não demorou muito, também eles foram para Curitiba. E assim foram encerradas as atividades de uma longa e abençoadora época da Igreja Batista Leta de Rio Novo.
Contribuição direta e indireta da Colônia Leta de Rio Novo para o Reino de Deus.
É digno de se registrar que os letos que formaram a colônia de Rio Novo e depois começaram a se mudar para outras regiões, continuaram sendo bênçãos nas mãos de Deus.
Um destaque especial é a sua contribuição com pastores, missionários, missionárias e evangelistas oriundos daquela colônia.
Começo destacando o Pastor e Professor Dr. Willys Butler. Ele tinha vindo da Letônia para ser pastor da Igreja e professor na Escola em Rio Novo. Depois estudou nos Estados Unidos, voltou a Rio Novo e depois exerceu o pastorado na Primeira Igreja Batista em Curitiba. Depois dedicou-se por longos anos, até sua aposentadoria como lente de Inglês no Colégio Estadual do Paraná.
Outro destaque são os pastores da Família Leimann. Todos os filhos foram pastores desbravadores dos sertões do Brasil e da Argentina. São eles: Guilherme, Fritz ou Frederico, Arthur e Carlos. Eu tive o privilégio de conhecer pessoalmente o Pr. Carlos Leimann quando eu era seminarista. Em avançada idade, trabalhava no interior do Estado do Espírito Santo, andando a pé e realizando a obra do Senhor. Estava todo enlameado, pois tinha escorregado e levado um tombo no meio da lama.
Outro destaque são os filhos da família Klava, que depois de Rio Novo, foram morar em Rio Mãe Luzia. Dos onze filhos do patriarca Jehkabs (Jacó) e da matriarca Eugênia, destacamos: o primogênito, João Klava que foi pastor em São Paulo. Outro destaque é a filha de Rodolfo Klava, a nossa querida missionária Lívia Rita, já aposentada de Missões Nacionais, continua trabalhando aqui em Santa Catarina. Outro filho dos Klava é o Pr. Eduardo Alexandre Klava que deu sua vida na 1ª Igreja Batista em Cascadura, Rio de Janeiro. Ele tem um filho, o Pr. Davi, que também tem um filho pastor. Ambos atuam em São Paulo. O seguinte filho dos Klava a destacar é Eleonoro que foi ardoroso evangelista que tem, dentre seus filhos, o nosso amado Reinaldo que trabalhou na frente missionária em Ortigueira no Paraná e está sempre pronto para pregar o evangelho “a tempo e fora de tempo.” Do outro filho dos Klava temos o Arvid Artur que não foi pastor, entretanto, tem três filhos na obra. São eles: o Pr. Jacó Miguel e suas irmãs Lídia Sônia, missionária com seu esposo Carlos Alberto Silva atuando há muitos anos no Paraguai e eles têm mais uma irmã, a Lenir que é esposa de pastor no Norte do Paraná. Outro filho pastor é Vigant Alfredo, que trabalhou no litoral do Paraná, Ilha Rasa e adjacências e Rio Bom no Norte do Paraná. Este irmão tem um filho que é pastor, trabalha numa igreja na região metropolitana de Brasília.
Faltam enumerar os pastores dos letos que de Rio Novo foram para Ijuí, uma vez que não tive dados para registrar aqui.
Outro destaque é a figura do meu tio, Dr. Reynaldo Purim. Ainda bem jovem saiu das roças de Rio de Novo para estudar no Rio de Janeiro e de lá para os Estados Unidos, onde estudou durante nove anos, onde alcançou, com brilhantismo, o doutorado, sendo assim o primeiro nascido no Brasil a obter este título. Destaco-o especialmente como teólogo, segundo os seus alunos no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro, era o melhor professor. Deixou centenas de alunos que não esquecem suas aulas. Como pastor que trabalhou muito na promoção do evangelho na região oeste do Rio de Janeiro, como pastor da 1ª Igreja Batista em Bangu, por 43 anos, construiu um majestoso templo e organizou várias igrejas filhas naquela vasta região.
Finalmente, temos os dois últimos pastores que tiveram suas origens em Rio Novo. Destaco o Pastor e Professor Ademar Paegle que deu e continua dando o melhor de sua vida na cidade de Recife como pastor, já por muitos anos, na Igreja Batista em Casa Amarela e professor no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil. Tem também um filho que é pastor. O último a ser destacado é este que vos fala. Com quase 50 de ministério, iniciei o ministério em Arapongas, no Norte do Paraná, indo depois para o Rio de Janeiro, pastoreando por 28 anos a 1ª Igreja Batista em Senador Camará. Finalmente, pastoreei por 11 anos e meio a Igreja Batista em Jardim Atuba, em Pinhais, na Grande Curitiba, onde continuamos servindo como membros. Também tenho um filho pastor, atuando numa numerosa igreja no Rio de Janeiro.
Mas não se restringe à área do Ministério da Palavra a contribuição dos oriundos de Rio Novo. Espalhados pelas várias regiões e igrejas do país. São profissionais liberais, na medicina, na engenharia, no magistério, na música, e em outras áreas das ciências físicas e humanas, e na liderança leiga das igrejas.
Conclusão – Agradecimentos
Prestamos a Deus toda a honra e glória por ter nos escolhido para a nobre missão de transmitir aos brasileiros as boas novas de Jesus Cristo como único Salvador e Senhor. Como resultado do trabalho desses obreiros, milhares, por certo, já tomaram posse do Reino de Deus. Desta maneira podemos ver “a mão de Deus na nossa história.” É isto e muito mais que gostaríamos contar aos nossos descendentes as maravilhas que ele tem feito.
Terminando, em nome dos demais descendentes dos letos que fizeram parte da colônia leta de Rio Novo, agradeço à direção da Associação das Igrejas Batistas Letas do Brasil por trazer à memória fatos relacionados com Rio Novo e sua contribuição para o Reino de Deus aqui na terra.
A Ele toda a honra, glória e louvor. AMÉM.
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